ARTIGO DE OPINIAO
A OCDE prevê que em 2014 os níveis de desemprego atinjam
níveis históricos em Portugal (18.4%). Uma aposta no marketing digital pode ser
a saída para muitos jovens. “O país precisa de mudar e de se preparar para o
digital o mais rápido possível, senão arriscamo-nos a ter problemas muito
graves em determinados sectores de trabalho”, defendeu Filipe Carrera,
coordenador da pós-graduação em marketing digital do IPAM – Marketing School,
em declarações ao PÚBLICO
O marketing digital não é mais do que o marketing
tradicional, mas utilizando novas plataformas, como a Internet ou o móvel. “O
consumidor, de uma maneira voluntária ou involuntária, está no digital, e
através do seu comportamento podemos aferir as suas necessidades de uma forma
mais precisa. Por conseguinte, conseguimos formular com maior precisão o melhor
argumento para cada pessoa.”
Filipe Carrera defende que todas as empresas se devem focar
num pilar, o consumidor: “Se o consumidor não frequenta as redes sociais, não
fará muito sentido aumentar a presença da marca neste meio. Caso o meu
consumidor utilize o Google para chegar ao meu produto, faz todo o sentido que
se direcione os esforços da organização para esta plataforma. Este é um dos
maiores problemas em Portugal, uma vez que em grande parte dos casos os
consumidores estão lá e as empresas não”.
O IPAM, instituição de ensino superior privado portuguesa,
realizou um estudo que analisa o modo como as empresas utilizam as ferramentas
de marketing digital em Portugal. O projecto tentou descobrir os meios de
promoção de produtos e serviços com maior percentagem de implementação junto do
consumidor português. “Queríamos mostrar não só aos nossos alunos mas também à
sociedade o estado dessa área”, disse Filipe Carrera, responsável pelo estudo.
Concluiu-se que o Facebook lidera a preferência das empresas
nacionais, sendo a rede social mais utilizada (36%). Já o LinkedIn, rede social
profissional, e o Youtube, rede de partilha de vídeos online, estão empatados
(19%). “Muitas empresas julgam possuir uma estratégia de marketing digital.
Porém, acabamos por descobrir que o documento conceptual não existe, está
apenas na cabeça dos empresários”, afirmou Filipe Carrera. “Existem acções
pontuais, sim, mas são concretizadas normalmente por pessoas que não possuem
uma formação específica.”
O estudo revelou ainda que quase metade das organizações
(42%) pretende aumentar o investimento em acções de Marketing Digital, enquanto
63% das empresas antevê o aumento das necessidades de profissionais de
marketing digital por parte do mercado.
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